O dólar apresentou queda em relação ao real nesta sexta-feira, 1º de agosto, refletindo dados econômicos decepcionantes dos Estados Unidos. O relatório de empregos de julho mostrou a criação de apenas 73 mil vagas, muito abaixo da expectativa de 110 mil, e a taxa de desemprego subiu para 4,2%. Este cenário gerou um fluxo maior de investimentos para mercados emergentes, com o Brasil se destacando devido ao diferencial de juros, com a Selic em 15% ao ano.
Durante o pregão, a moeda americana oscilou entre R$ 5,6284 e R$ 5,5279, fechando a R$ 5,5456, uma queda de 0,99%. Analistas apontam que a possibilidade de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) pode beneficiar ainda mais o real, especialmente com a expectativa de manutenção da Selic em níveis elevados por um período prolongado.
As apostas de que o Fed iniciará um ciclo de flexibilização monetária em setembro aumentaram, com a plataforma CME Group indicando mais de 90% de probabilidade de cortes. Além disso, a renúncia da diretora do Fed, Adriana Kugler, e a demissão da comissária de Estatísticas do Trabalho, Erika McEntarfer, por parte do presidente Donald Trump, intensificaram as especulações sobre mudanças na política monetária dos EUA.
Os investidores também permanecem atentos a possíveis negociações entre Estados Unidos e Brasil, enquanto o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas, caiu 1,20%, alcançando 98,772 pontos no final da tarde.