Na madrugada de 6 de agosto de 2005, Fortaleza foi palco de um dos maiores furtos da história do Brasil, quando uma quadrilha especializada invadiu a caixa-forte do Banco Central e levou cerca de R$ 165 milhões. O crime, que se destacou pela audácia e planejamento, foi realizado sem disparar um único tiro, utilizando um túnel de 80 metros escavado manualmente sob uma empresa de grama sintética. O furto foi descoberto na manhã de 8 de agosto, quando funcionários notaram a ausência do dinheiro.
A Polícia Federal iniciou a Operação Toupeira para rastrear o dinheiro roubado, recuperando parte das cédulas em veículos de luxo interceptados em Minas Gerais. A investigação revelou uma complexa rede criminosa com ramificações em diversos estados, resultando em 133 denúncias e 28 ações penais, com 119 condenações e penas que somam 170 anos de prisão. Apesar dos esforços, apenas R$ 60 milhões foram recuperados, o que representa 36,5% do total furtado.
Entre os principais envolvidos, Antônio Jussivan Alves dos Santos, conhecido como Alemão, foi preso em 2008 e permanece detido no Presídio Federal de Catanduvas. Outro nome relevante, Moisés Teixeira da Silva, apelidado de Tatuzão, foi capturado em 2009 e condenado a 14 anos. O último desdobramento significativo ocorreu em dezembro de 2023, com a prisão de Marcos Rogério Machado de Morais, primo de Alemão, que estava foragido desde 2011. O caso continua a fascinar o país, com desdobramentos que revelam a complexidade do crime e suas consequências.