A dívida pública federal do Brasil subiu 0,71% em julho em comparação a junho, totalizando R$ 7,939 trilhões, segundo informações do Tesouro Nacional divulgadas nesta quarta-feira (27). A dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) cresceu 0,66%, atingindo R$ 7,631 trilhões, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) avançou 1,96%, somando R$ 308,1 bilhões. O aumento foi influenciado pela incorporação de juros no valor de R$ 89,6 bilhões e por emissões líquidas negativas de R$ 33,8 bilhões.
Os dados revelam que o custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses aumentou de 11,41% ao ano em junho para 11,63% em julho. Além disso, o custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna subiu de 13,52% para 13,68% ao ano. O prazo médio do estoque da dívida também teve leve aumento, passando de 4,14 anos para 4,16 anos. A reserva de liquidez caiu de R$ 1,030 trilhão em junho para R$ 988 bilhões em julho, o que é suficiente para cobrir 7,75 meses de vencimentos de títulos.
Esses números refletem um cenário desafiador para a economia brasileira, com um aumento no custo da dívida e uma diminuição na reserva de liquidez. A situação pode gerar preocupações sobre a capacidade do governo em gerenciar suas obrigações financeiras e pode impactar a confiança dos investidores. A evolução da dívida pública será um fator crucial a ser monitorado nos próximos meses, especialmente em um contexto econômico já fragilizado.