O Politico se tornou o centro de uma controvérsia sindical relacionada ao uso de inteligência artificial em suas reportagens. A PEN Guild, que representa mais de 250 trabalhadores do Politico e do E&E News, alega que a administração violou diretrizes contratuais ao empregar ferramentas de IA que resultaram em publicações com erros. Uma audiência de arbitragem realizada em 11 de julho buscou determinar se houve violação do acordo coletivo de trabalho.
As alegações da Guild envolvem duas ferramentas de IA: LETO, que cria resumos ao vivo de discursos, e Report Builder, que permite a criação de textos sobre temas políticos. Ambas as ferramentas foram acusadas de gerar declarações falsas e não estarem sujeitas aos padrões editoriais do Politico. O editor-chefe adjunto, Joe Schatz, defendeu a administração, afirmando que os resultados dessas ferramentas não devem ser considerados jornalismo.
A decisão do árbitro será vinculativa e poderá exigir que o Politico suspenda o uso das ferramentas até que estejam em conformidade com o contrato sindical. A expectativa é que a decisão ocorra após 12 de setembro, quando ambas as partes apresentarão memoriais adicionais. A situação levanta questões sobre a ética jornalística e o papel da tecnologia na redação.