Um relatório do Institute for Policy Studies, divulgado na quinta-feira (21), revela que a disparidade salarial entre CEOs e funcionários das empresas de menor remuneração do S&P 500 cresceu quase 13% entre 2019 e 2024. A diferença média entre os salários saltou de 560 para 1 em 2019 para 632 para 1 em 2024, com a Starbucks registrando a maior disparidade, onde o CEO Brian Niccol recebeu US$ 95,8 milhões, enquanto a mediana salarial dos funcionários foi de apenas US$ 14.674.
O estudo analisa as tendências de remuneração em 100 empresas do S&P 500, conhecidas como “Low-Wage 100”, e mostra que a remuneração média dos CEOs aumentou 34,7%, superando o crescimento de 16,3% na mediana dos salários dos trabalhadores. Além disso, a pesquisa aponta que a desigualdade salarial agrava as disparidades de gênero e raça, com apenas oito CEOs mulheres e um CEO negro entre as empresas analisadas.
As implicações desse aumento na disparidade salarial são significativas, já que a maioria dos eleitores americanos acredita que empresas com grandes desigualdades salariais deveriam ser penalizadas. O relatório também destaca que 32 bilionários têm suas fortunas atreladas a essas companhias de baixa remuneração, evidenciando a concentração de riqueza e o impacto das políticas corporativas na sociedade.