Uma intensa discussão entre as vereadoras Janaina Paschoal (PP) e Zoe Martínez (PL) na Câmara Municipal de São Paulo, ocorrida em 20 de agosto de 2025, resultou no adiamento da votação sobre um requerimento que autorizaria uma viagem oficial de nove dias a Nova York. O objetivo da missão seria analisar políticas de segurança pública e gestão urbana da cidade norte-americana para embasar um projeto de lei do vereador Rubinho Nunes (União), que busca flexibilizar a Lei Cidade Limpa na capital paulista, permitindo a instalação de painéis luminosos de LED em prédios.
O embate começou quando Janaina Paschoal questionou se os custos da viagem seriam pagos pela Câmara. Após a confirmação de que o Legislativo arcaria com as despesas, ela manifestou oposição e pediu votação nominal, afirmando que não se deve “passear com dinheiro público”. Zoe Martínez, por sua vez, defendeu a legitimidade da proposta, destacando seu papel como presidente da Comissão de Relações Internacionais. Com a escalada da discussão, o presidente da sessão, João Jorge (MDB), decidiu adiar a votação do requerimento, evidenciando a resistência entre os vereadores em relação à proposta.
A proposta de viagem à Nova York, inspirada na Times Square, enfrenta forte oposição dentro da Câmara, com vereadores como Senival Moura (PT) e Marina Bragante (Rede) já indicando voto contrário. O impasse reflete um debate mais amplo sobre o uso de recursos públicos e a necessidade de transparência nas ações do Legislativo, em um momento em que a cidade busca alternativas para impulsionar o turismo e a economia local.