Diretores de escolas públicas do Distrito Federal expressaram preocupações sobre o aumento de preços em compras pequenas após a implementação do novo sistema do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), que começou a operar em janeiro de 2025. O programa, que visa descentralizar a gestão financeira das escolas, tem gerado insatisfação entre os gestores, que relatam dificuldades na aquisição de materiais essenciais.
Fernanda Neves de Oliveira, diretora da Escola Classe 113 Norte, destacou que o preço dos toners para impressoras subiu de R$ 1.002 para R$ 1.759 com o novo sistema. Ela afirmou que a autonomia das escolas foi comprometida, dificultando a gestão financeira e a realização de investimentos necessários.
Em outro caso, Nilvam Pereira de Vasconcelos, diretor da Centro de Ensino Fundamental Nossa Senhora de Fátima, em Planaltina, relatou que uma torneira quebrada custava R$ 100 pelo novo sistema, enquanto uma compra local resultou em um gasto de apenas R$ 35. Ele enfatizou que essa disparidade prejudica a resolução de problemas simples nas escolas.
A Secretaria de Educação do DF defendeu a mudança, afirmando que a nova abordagem visa aumentar a transparência nos gastos. Carlos Chiodi, diretor do PDAF, explicou que a padronização de preços é um dos objetivos do novo sistema, embora reconheça que variações possam ocorrer dependendo do tipo de produto. A secretaria orienta que qualquer irregularidade nos preços deve ser reportada para que as questões sejam tratadas adequadamente.