A Bolívia elegeu um presidente de direita pela primeira vez em duas décadas, marcando uma mudança significativa após anos de liderança esquerdista. No primeiro turno das eleições, realizado em 17 de agosto, Rodrigo Paz Pereira, do PDC, obteve 32% dos votos, seguido por Jorge ‘Tuto’ Quiroga, do Libre, com 26%. Em contraste, o partido Movimento ao Socialismo (MAS), associado a Evo Morales, conseguiu apenas 3% dos votos.
O desgaste político de Evo Morales, que governou por quase 14 anos, e a crise econômica que afetou o país foram fatores determinantes para essa reviravolta. A economia boliviana, que prosperou durante os primeiros anos do governo Morales, começou a enfrentar dificuldades a partir de 2014, resultando em inflação e escassez de combustíveis. A insatisfação popular com a gestão econômica e as controvérsias eleitorais contribuíram para a perda de apoio ao MAS.
Com a vitória da direita, o novo governo enfrenta o desafio de restaurar a confiança da população e lidar com as consequências da crise econômica. A situação política na Bolívia continua tensa, e as próximas eleições prometem ser um teste crucial para a nova administração e para a estabilidade do país.

