O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca convocou o principal diplomata americano em Copenhague devido a relatos da inteligência dinamarquesa sobre operações secretas de influência na Groenlândia. A emissora pública DR informou que cidadãos americanos, supostamente ligados ao governo de Donald Trump, estariam promovendo a secessão da Groenlândia da Dinamarca. O ministro Lars Løkke Rasmussen afirmou que o interesse estrangeiro na Groenlândia é uma preocupação constante para o governo dinamarquês.
A proposta de Trump de adquirir a Groenlândia, um território dinamarquês rico em recursos naturais, foi rejeitada tanto por Copenhague quanto por Nuuk, a capital groenlandesa. Apesar de expressar respeito pela autonomia da Groenlândia, os comentários de Trump sobre o uso da força militar para tomar o território geraram incerteza entre os habitantes locais. Em resposta, a Dinamarca busca fortalecer suas relações com a Groenlândia e mobilizar aliados europeus para contrabalançar as ambições dos Estados Unidos na região.
Além disso, o serviço nacional de segurança dinamarquês alertou sobre campanhas de influência direcionadas à Groenlândia, que poderiam explorar divisões existentes ou promover visões específicas sobre o Reino da Dinamarca e os EUA. A visita do presidente francês Emmanuel Macron à Groenlândia em junho destacou a solidariedade europeia em face das tensões com os EUA, contrastando com a recepção negativa do vice-presidente americano J.D. Vance durante sua visita anterior.