A Dinamarca convocou o principal diplomata americano em Copenhague após a inteligência do país revelar possíveis operações secretas conduzidas por cidadãos dos Estados Unidos na Groenlândia. A análise de Lourival Sant’Anna, no CNN Arena, aponta que essas atividades envolvem empresários com ligações próximas ao presidente Donald Trump, atuando tanto de forma aberta quanto encoberta. O foco das operações está na exploração de recursos minerais na região, que se tornou mais acessível devido ao derretimento do Ártico causado pelo aquecimento global.
As reservas minerais da Groenlândia despertam interesse crescente não apenas dos Estados Unidos, mas também de potências como Rússia e China, que já possuem capacidade de navegação na região com navios quebra-gelos. As ações americanas na Groenlândia fazem parte de uma estratégia mais ampla de projeção de poder militar e econômico sobre o hemisfério ocidental, estendendo-se a outras regiões das Américas. Isso inclui iniciativas para remover empresas chinesas do Canal do Panamá e ações na Venezuela.
Essas movimentações refletem uma crescente tensão geopolítica no hemisfério ocidental, onde os interesses econômicos e estratégicos estão em jogo. A resposta da Dinamarca pode indicar um endurecimento nas relações diplomáticas com os Estados Unidos, enquanto a exploração dos recursos minerais da Groenlândia continua a ser um ponto focal de disputa entre as potências globais. A situação exige atenção contínua, dado o impacto potencial nas dinâmicas regionais e internacionais.