A Dinamarca convocou nesta quarta-feira (27) o principal diplomata dos Estados Unidos em Copenhague, após a divulgação de relatórios da inteligência dinamarquesa que indicam que cidadãos norte-americanos têm realizado operações secretas de influência na Groenlândia. Segundo informações, pelo menos três indivíduos com ligações ao governo do ex-presidente Donald Trump estariam envolvidos em esforços para promover a separação da Groenlândia da Dinamarca, visando benefícios para os EUA.
O chanceler dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, afirmou que o governo está ciente do interesse de atores estrangeiros pela Groenlândia e suas implicações dentro do Reino da Dinamarca. A convocação do diplomata é uma forma de repreensão na diplomacia internacional, refletindo a seriedade das alegações. Embora o governo dos EUA não tenha se manifestado oficialmente sobre a convocação, as tensões aumentam em um contexto onde Trump já havia expressado interesse em adquirir a Groenlândia.
Em resposta às ambições norte-americanas, a Dinamarca tem buscado fortalecer suas relações com a Groenlândia, um território autônomo que foi uma colônia dinamarquesa. Recentemente, o presidente francês Emmanuel Macron visitou a Groenlândia como parte de uma estratégia para contrabalançar a influência dos EUA na região. O Serviço de Inteligência e Segurança Nacional da Dinamarca alertou que a Groenlândia é alvo de campanhas de influência que podem explorar desentendimentos locais ou promover opiniões específicas sobre o Reino da Dinamarca e os Estados Unidos.