Um estudo da MSD Brasil revela que o diagnóstico tardio do câncer de colo de útero eleva os custos no Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa, que analisou dados de mais de 206 mil mulheres diagnosticadas entre janeiro de 2014 e dezembro de 2021, destaca que 60% dos casos são identificados em estágios avançados, o que resulta em maior necessidade de internações e tratamentos médicos. Além disso, a pesquisa aponta que a maioria das pacientes afetadas pertence a grupos sociais vulneráveis, o que agrava as disparidades no acesso à saúde.
Os dados indicam que a necessidade de quimioterapia e internações aumenta conforme o estágio do câncer avança. O estudo também ressalta o impacto negativo da pandemia de Covid-19 no tratamento da doença, com uma queda significativa nos procedimentos realizados. A análise sugere que as lacunas no tratamento durante a pandemia podem ter consequências duradouras para a saúde das pacientes, reforçando a necessidade urgente de intervenções eficazes.
Os pesquisadores enfatizam que cerca de 99% dos casos de câncer de colo de útero estão relacionados a infecções persistentes do HPV. Portanto, a vacinação e o rastreamento precoce são fundamentais para reduzir a incidência da doença. O estudo conclui com um apelo por políticas públicas que ampliem a cobertura vacinal e melhorem o acesso ao diagnóstico precoce, visando mitigar o ônus econômico e social do câncer no Brasil.