O Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos negou, nesta segunda-feira (4), a existência de uma greve de fome no centro de detenção de imigrantes Alligator Alcatraz, localizado na Flórida. A declaração foi feita em resposta a denúncias de ativistas que afirmaram que detidos, principalmente de nacionalidade cubana, iniciaram a greve como forma de protesto contra supostos abusos no local. O DHS classificou as informações como "notícias falsas" e garantiu que não há greve de fome em andamento.
O centro de detenção, que possui capacidade para 2.000 pessoas e está situado em uma área cercada por jacarés e pântanos, foi inaugurado em 3 de julho. Desde então, ativistas da Coalizão de Imigrantes da Flórida (FLIC) relataram pelo menos seis hospitalizações e a chegada de ambulâncias ao local, enquanto realizavam uma vigília ecumênica. O DHS, por sua vez, defendeu a atuação de seus agentes, que, segundo a entidade, enfrentam um aumento de 830% nos ataques.
A secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, elogiou o centro em entrevista à CBS, afirmando que Alligator Alcatraz serve como modelo para futuros centros de detenção que serão abertos em estados como Arizona, Nebraska e Louisiana. Ao mesmo tempo, juízes federais solicitaram informações sobre o local, enquanto duas ações judiciais estão em andamento contra o centro, uma liderada pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e outra por grupos ambientalistas, incluindo Friends of the Everglades e Center for Biological Diversity.