Os alertas de desmatamento na Amazônia aumentaram 4% entre agosto de 2024 e julho de 2025, conforme dados do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do governo federal, divulgados nesta quinta-feira, 7. Durante o mesmo período, o Cerrado apresentou uma redução de 21% na devastação, totalizando 4.495 km² na Amazônia e 5.555 km² no Cerrado. Apesar da diminuição no Cerrado, a área desmatada ainda supera a da Amazônia, com o governo atribuindo a alta na Amazônia a incêndios florestais e o corte raso.
O Brasil se prepara para sediar a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30) em novembro, em Belém, colocando o país no centro do debate ambiental global. No entanto, desafios logísticos e a discussão sobre a flexibilização do licenciamento ambiental levantam dúvidas sobre a capacidade do governo de liderar a agenda climática, conforme destacado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No Pantanal, a supressão de vegetação caiu 72%, de 1.148 para 319 km² entre 2024 e 2025, com uma redução de 9% nas áreas afetadas por incêndios. O monitoramento do Deter, que utiliza imagens de satélite, é crucial para guiar ações de fiscalização. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ressaltou a intensificação da fiscalização para combater a impunidade no desmatamento, enquanto o governo federal reafirma seu compromisso de zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030.