A Braskem enfrenta mais uma vez um futuro incerto após a desistência do empresário Nelson Tanure em assumir o controle da gigante petroquímica. A gestora IG4, especializada em reestruturação de empresas, busca agora negociar com bancos credores e acionistas para delinear uma nova proposta, enquanto a Novonor (ex-Odebrecht) e a Petrobras continuam como principais acionistas. Desde 2018, a Novonor tenta encontrar um novo sócio para a sexta maior petroquímica do mundo, mas os desafios são significativos.
O principal entrave nas negociações envolve o passivo ambiental em Alagoas, onde um desastre ocorrido na mina de sal-gema gerou bilhões em perdas. A falta de garantias sobre as dívidas relacionadas a esse evento levou Tanure a desistir do projeto, complicando ainda mais as perspectivas da Braskem. Agora, os bancos credores, que têm ações da empresa como garantia devido à recuperação judicial da Novonor, podem se tornar acionistas por meio de um fundo administrado pela IG4.
Além disso, a Petrobras busca revisar o acordo de acionistas para ter maior poder de gestão na Braskem, o que gera mais impasses nas negociações. Enquanto isso, a Braskem planeja vender suas operações nos Estados Unidos, com negociações em andamento para unidades de produção de polipropileno. A situação permanece delicada e requer soluções rápidas para evitar maiores complicações financeiras.