Um estudo publicado na revista Nature nesta quarta-feira (27) apresenta a descoberta de um fóssil de anquilossauro, Spicomellus afer, nas montanhas do Marrocos. Este dinossauro, que viveu entre 174,7 e 161,5 milhões de anos atrás, é notável por seus longos espinhos, que podem atingir até 90 cm no pescoço e circundar sua cabeça. Pesquisadores acreditam que essa ‘armadura’ poderia ter sido utilizada para atrair parceiros, similar ao comportamento observado em algumas aves modernas.
A paleontóloga Susannah Maidment, do Museu de História Natural de Londres, destacou que características exageradas em animais muitas vezes estão relacionadas à reprodução. O fóssil mais recente foi encontrado em 2023 e complementa uma descoberta anterior de um fragmento de costela com espinhos fundidos em 2021. A análise do espécime revelou que o S. afer é o anquilossauro mais antigo conhecido, com cerca de 4 metros de comprimento e um formato semelhante ao de uma tartaruga.
Além da possível função sexual dos espinhos, os pesquisadores sugerem que eles poderiam também servir como defesa contra predadores. Essa nova descoberta amplia o conhecimento sobre a morfologia e comportamento dos dinossauros, oferecendo insights valiosos sobre a evolução das espécies durante o Jurássico Médio.