Uma expedição arqueológica no Egito revelou um cemitério perdido com cerca de 3.500 anos, localizado na região de Al-Ghuraifa. O local, datado do período do Novo Império, trouxe à tona artefatos funerários significativos, incluindo um fragmento do 'Livro dos Mortos', um dos textos mais importantes da tradição funerária egípcia. O pergaminho, que mede 13 metros de comprimento, foi encontrado em excelente estado de conservação, oferecendo novas perspectivas sobre os rituais e crenças do Antigo Egito.
Além do pergaminho, os arqueólogos descobriram múmias, sarcófagos, amuletos e estatuetas shabti, que eram colocadas nas tumbas para auxiliar os falecidos na vida após a morte. Também foram encontrados jarros canópicos, utilizados para armazenar órgãos internos durante a mumificação, e fragmentos de sarcófagos de pedra. Esses achados são fundamentais para compreender a prática de mumificação e o cuidado ritual dedicado aos mortos pelos egípcios.
Lara Weiss, diretora do Museu Roemer e Pelizaeus, ressaltou a importância da descoberta, afirmando que, se o pergaminho estiver bem preservado, representa um marco significativo para a arqueologia egípcia. A escavação em Al-Ghuraifa não apenas enriquece o conhecimento sobre os costumes e crenças funerárias do Antigo Egito, mas também reafirma a relevância do 'Livro dos Mortos' como uma fonte primária para entender a visão egípcia da vida após a morte. Com cada nova descoberta, o Egito continua a surpreender o mundo, revelando segredos de uma das civilizações mais fascinantes da história.