Na Assembleia Legislativa de Goiás, nesta terça-feira, 5, o deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) expressou sua indignação em relação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada após Bolsonaro descumprir restrições judiciais, incluindo a proibição de publicações em redes sociais. Ribeiro, conhecido por sua postura combativa, afirmou que a luta agora é 'pelo Brasil' e denunciou uma suposta inversão de valores na justiça brasileira.
O deputado criticou o sistema judiciário, alegando que figuras envolvidas em corrupção permanecem livres enquanto Bolsonaro enfrenta restrições. Ele questionou a legitimidade da prisão, ressaltando que o ex-presidente não esteve envolvido em escândalos como o Mensalão ou fraudes na Petrobras. Ribeiro minimizou os atos de 8 de janeiro, sugerindo que não representaram um golpe significativo.
Em apoio a Ribeiro, o deputado Major Araújo (PL) também fez críticas à decisão de Moraes, classificando-a como 'incabível e ilegal'. Araújo argumentou que não havia justificativa para a prisão, uma vez que Bolsonaro não representa risco de fuga ou ameaça ao processo judicial. Ele contestou a alegação de descumprimento das medidas cautelares, afirmando que as publicações em redes sociais foram feitas por terceiros, sem solicitação direta do ex-presidente.
Ambos os parlamentares acreditam que a prisão de Bolsonaro pode intensificar a polarização política no Brasil, com Araújo sugerindo que a medida foi uma resposta às manifestações populares em apoio ao ex-presidente. 'Se quer pacificar o Brasil, tomou uma péssima medida', concluiu Araújo.