O relator da proposta de reforma administrativa, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), apresentou em entrevista à GloboNews os principais pontos de seu texto. Entre as mudanças propostas estão o fim das férias de 60 dias para categorias de servidores, a limitação dos salários iniciais à metade do que pode ser alcançado ao final da carreira e a criação de tabelas claras de remuneração para todos os cargos nos Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Segundo o deputado, o objetivo é atacar privilégios do funcionalismo público, reduzir desigualdades salariais e dar mais transparência ao serviço prestado à população.
Um dos pontos centrais da proposta é a criação de uma tabela única de remuneração que abrange desde a base da carreira até os chefes dos Três Poderes. O salário de ingresso seria limitado a cerca da metade do que o servidor pode alcançar no fim da carreira. Além disso, a reforma propõe o fim das férias de 60 dias, um benefício restrito a menos de 0,3% dos servidores. O relator também destacou a necessidade de regras mais específicas para verbas indenizatórias, evitando que sejam incorporadas permanentemente aos salários.
O texto da reforma administrativa deve ser protocolado oficialmente nas próximas semanas e discutido em comissão especial antes de seguir ao plenário da Câmara. Pedro Paulo acredita que as medidas propostas têm um impacto simbólico importante e são fundamentais para transmitir uma mensagem de maior transparência e justiça no serviço público. Ele considera que essa reforma, juntamente com a tributária, pode ser uma das principais mudanças estruturais do país nos próximos anos.