A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) afirmou ter utilizado sua filha de quatro meses como "escudo" durante um protesto no plenário da Câmara dos Deputados, realizado na quarta-feira (6). A declaração ocorreu após o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Reimont (PT-RJ), acionar o Conselho Tutelar de Brasília, alegando que a parlamentar expôs a criança a um ambiente de risco e instabilidade.
Durante a manifestação, que contestava a agenda legislativa em discussão, Zanatta ocupou a cadeira da presidência da Câmara, normalmente ocupada por Hugo Motta (Republicanos-PB), enquanto segurava a filha no colo. Em uma transmissão ao vivo, a deputada desafiou os policiais legislativos, afirmando que não teriam coragem de agir contra ela e sua filha.
O ofício enviado por Reimont ao Conselho Tutelar destaca que a conduta de Zanatta pode violar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em resposta, a deputada compartilhou críticas à ação do deputado petista, alegando que ele abusou de sua posição ao encaminhar a denúncia. A manifestação em que Zanatta participou foi parte de um protesto da oposição que buscava pressionar pela aprovação do PL da Anistia e pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Após o protesto, Hugo Motta reassumiu a presidência da Câmara e deu início à sessão por volta das 22h25. O Poder360 tentou contato com a deputada para obter um posicionamento oficial, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.