A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) gerou polêmica na noite de quarta-feira (6) ao participar de uma obstrução aos trabalhos da Câmara dos Deputados. A ação foi parte de um protesto da oposição contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para marcar sua presença, a parlamentar decidiu antecipar o término de sua licença-maternidade e levou sua filha de quatro meses ao plenário.
Durante a mobilização, Zanatta sentou-se na cadeira da Presidência da Casa com a criança e fez declarações em suas redes sociais, afirmando que a oposição estava unida e determinada a obstruir as atividades legislativas. "Estamos aqui, não vamos sair. Obstruímos tudo hoje na Câmara dos Deputados, a oposição está de parabéns!", disse a deputada em um vídeo compartilhado no Instagram.
A presença da bebê no ambiente parlamentar gerou reações diversas, incluindo críticas do deputado Reimont (PT-RJ), que acionou o Conselho Tutelar, alegando que a criança foi utilizada como "escudo humano". Em resposta, Zanatta defendeu sua decisão de conciliar maternidade e política, afirmando que não se deixaria limitar por sua condição de mãe e que continuaria a lutar por pautas que considera essenciais, como defesa da vida e armamento civil.