Na noite de quarta-feira (6), a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) levou sua filha bebê ao plenário da Câmara dos Deputados em Brasília, durante uma ocupação promovida por oposicionistas. A ação visa protestar contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta acusações no Supremo Tribunal Federal (STF). Eleita em 2022, Zanatta, de 40 anos, já havia se envolvido em polêmicas anteriormente, incluindo um episódio de acusação de assédio contra um colega parlamentar.
O deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, acionou o Conselho Tutelar de Brasília para investigar a situação, alegando que a presença da criança em um ambiente potencialmente instável pode configurar risco físico e violar princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em resposta às críticas, Zanatta admitiu nas redes sociais que utilizou a criança como "escudo" em sua manifestação, defendendo seu direito de exercer a profissão como mulher.
Zanatta, que também é conhecida por suas posições conservadoras, como a defesa do armamento civil e a oposição ao aborto, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de R$ 2,5 milhões. A deputada é membro das comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania, além de participar de uma Comissão Especial sobre Direito Digital. O caso gerou repercussão nas redes sociais e levantou discussões sobre a segurança e o bem-estar de crianças em ambientes políticos.