Subiu para 24 o número de mulheres que denunciaram homens por vazamento de fotos e vídeos íntimos após encontros em casas de forró no Brasil e no exterior. As denúncias incluem assédio sexual, ameaças e agressões, e estão sendo investigadas pela Polícia Federal (PF) em São Paulo. O caso ganhou destaque após a revelação de que dois grupos no Telegram, voltados a forrozeiros, estavam envolvidos na venda e exposição de cenas íntimas sem consentimento das vítimas.
Após a divulgação da investigação, 12 novas vítimas procuraram a Bancada Feminista do PSOL, aumentando o número de mulheres que afirmam ter sido alvo de assédio e agressões. A PF investiga também a prática de revenge porn e está coletando depoimentos para identificar os responsáveis. As vítimas relataram que foram filmadas e fotografadas sem consentimento durante relações consensuais, e que suas imagens foram posteriormente divulgadas em grupos na plataforma digital.
O Telegram confirmou a remoção dos grupos "Cremosinhas da Putaria" e "Vazadinhas Inéditas" após a reportagem, e informou que pode fornecer dados dos infratores às autoridades mediante ordem judicial. Os casos ocorreram em diversas cidades, incluindo São Paulo, Cotia, Rio de Janeiro e até Turim, na Itália, refletindo a gravidade da situação enfrentada por mulheres que frequentam esses eventos.