O dentista Cezar Maurício Ferreira, de 60 anos, faleceu em uma cela da delegacia de São José, na Grande Florianópolis, após ser preso em flagrante por suposta embriaguez ao volante. O incidente ocorreu no dia 18 de julho, quando Cezar se envolveu em um acidente de trânsito ao sair de uma padaria. A Polícia Militar foi acionada e, após revistar seu veículo, registrou um 'Auto de Constatação' indicando sinais de embriaguez, apesar de Cezar não ter conseguido realizar o teste do bafômetro.
Durante a abordagem, Cezar foi descrito por policiais como 'totalmente desconexo da realidade' e, após ser levado à delegacia, aguardou cerca de 40 minutos em uma cela antes de ser interrogado. A delegada, percebendo sua desorientação, encerrou o depoimento, mas ele passou a noite detido. Na manhã seguinte, foi encontrado morto no chão da cela, sem que a família tivesse sido informada sobre sua prisão.
O exame toxicológico revelou a ausência de álcool em seu organismo, mas a presença de medicamentos para diabetes, depressão e problemas cardíacos. A causa da morte foi identificada como arritmia cardíaca, decorrente de cardiopatia hipertrófica. A família questiona a falta de atendimento médico adequado e a forma como a situação foi conduzida pela polícia, enquanto os advogados dos policiais afirmam que todas as ações seguiram os protocolos estabelecidos.
