A Delegacia de Caeté, localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está sob investigação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após impor restrições nos atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica. Segundo um aviso afixado na unidade, os atendimentos estão limitados às manhãs de segunda a sexta-feira, o que gerou preocupações sobre a segurança das vítimas. O delegado Cláudio Freitas Utsch Moreira, que já enfrentou polêmicas anteriores, recebeu uma recomendação administrativa do MPMG para que os registros de ocorrências sejam feitos durante todo o horário de funcionamento da delegacia.
O MPMG destacou que muitas mulheres enfrentam dificuldades para registrar ocorrências e solicitar medidas protetivas, o que pode comprometer sua segurança. A recomendação foi assinada por promotores de Justiça e inclui diretrizes para garantir um atendimento mais humanizado e eficaz. Entre as medidas sugeridas estão o atendimento imediato sem agendamento e a capacitação da equipe policial para oferecer suporte adequado às vítimas.
Caso as recomendações não sejam cumpridas, o MPMG poderá instaurar investigações por abuso de autoridade. A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que está estudando maneiras de viabilizar o atendimento em todos os dias úteis e que a Corregedoria-Geral abriu procedimentos para apurar as denúncias relacionadas à delegacia. A situação continua sendo monitorada pelo Ministério Público, que busca assegurar a proteção das vítimas de violência doméstica na região.