A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou surpresa nesta segunda-feira (4) com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-mandatário. Os advogados afirmaram que Bolsonaro não descumpriu as medidas cautelares impostas, que incluem a proibição de uso de redes sociais, mesmo que por meio de perfis de terceiros.
Os advogados de Bolsonaro alegaram que a frase 'Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos', proferida pelo ex-presidente, não deve ser interpretada como uma violação das restrições. Além disso, a defesa anunciou que irá recorrer da decisão de Moraes.
A prisão domiciliar foi decretada após o ministro identificar que Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos do ex-presidente, publicaram mensagens de agradecimento a apoiadores em suas redes sociais, o que, segundo Moraes, caracteriza descumprimento das restrições previamente estabelecidas. Essas medidas foram determinadas em um inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro por sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos, visando retaliações contra o Brasil e seus ministros do STF.
As investigações também envolvem o ex-presidente, que é acusado de financiar a estadia de seu filho nos Estados Unidos através de transferências via pix. O julgamento do caso está previsto para ocorrer em setembro.