Na noite de sexta-feira (22), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou explicações ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negando tanto o descumprimento de medidas cautelares quanto uma suposta tentativa de fuga do Brasil. O documento foi entregue pouco após as 19h e refuta alegações da Polícia Federal, que indicam que mensagens e áudios encontrados em celulares de Bolsonaro comprovam desobediência às ordens judiciais e um pedido de asilo político ao presidente argentino Javier Milei.
Os advogados sustentam que as acusações são infundadas e que o relatório da PF é uma peça política destinada a desmoralizar o ex-presidente. A defesa argumenta que as mensagens trocadas por Bolsonaro com seu advogado e outros contatos ocorreram antes das medidas cautelares e que não houve qualquer proibição de comunicação. Além disso, afirmam que o ex-presidente nunca teve a intenção de fugir, destacando que o suposto plano era apenas um rascunho antigo que não se concretizou.
O caso agora será analisado pela Procuradoria-Geral da República, após a determinação do ministro Alexandre de Moraes para que os documentos sejam enviados. A defesa conclui que não há evidências de descumprimento das medidas cautelares impostas nos últimos 18 meses, reforçando a posição de que Bolsonaro cumpriu todas as decisões do Supremo Tribunal Federal.