A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma argumentação contundente, afirmando que ele não descumpriu as medidas cautelares estabelecidas pelo ministro Alexandre de Moraes. Os advogados, liderados por Celso Vilardi, caracterizaram o relatório da Polícia Federal como uma ‘peça política’, destinada a desmoralizar Bolsonaro, expondo sua vida privada e acusando-o de fatos graves sem relevância para a investigação.
Vilardi criticou a divulgação de diálogos entre Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, e questionou a validade das movimentações financeiras mencionadas pela PF. Ele argumentou que o ex-presidente não violou a proibição de uso de redes sociais, já que as mensagens trocadas via WhatsApp não se enquadram nessa categoria, e destacou que não há indícios de crimes nas comunicações com seu advogado.
Além disso, a defesa rechaçou as suspeitas sobre um rascunho de pedido de asilo ao presidente argentino, Javier Milei, afirmando que o documento era antigo e que Bolsonaro sempre respeitou as ordens da Suprema Corte. O processo agora será enviado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, para avaliação sobre possíveis descumprimentos das cautelares, embora a PGR considere remotas as chances de solicitar a prisão preventiva do ex-presidente com base nas novas evidências.