A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados criticaram o pedido da Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter agentes dentro da residência onde ele cumpre prisão domiciliar. O advogado Paulo Cunha Bueno afirmou que essa solicitação contradiz uma decisão anterior do ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado apenas o policiamento externo, e sugere um constrangimento desnecessário. Segundo ele, a medida é desproporcional, considerando que na casa vivem familiares do ex-presidente.
A PF justificou seu pedido na terça-feira, 26 de agosto de 2025, alegando a necessidade de assegurar o cumprimento efetivo da prisão preventiva e evitar possíveis fugas. A corporação argumenta que o monitoramento por tornozeleira eletrônica poderia falhar devido a problemas de sinal e interferências. A proposta estabelece a presença de agentes 24 horas por dia na residência de Bolsonaro, em contraste com o esquema atual de monitoramento externo, mas ainda não há previsão para uma decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre o assunto.
Políticos como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticaram a medida, chamando-a de humilhação e perseguição política. Ferreira questionou a prioridade dada à vigilância de um ex-presidente em comparação com chefes do tráfico, enquanto Flávio Bolsonaro afirmou que a situação impõe constrangimentos desnecessários. O senador Rogério Marinho (PL-RN) também se manifestou contra a ação, convocando apoiadores para manifestações pacíficas no 7 de Setembro em defesa da liberdade de expressão e da anistia.