Na defesa apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal), os advogados de Jair Bolsonaro (PL) utilizam sarcasmo e ironias para contestar o relatório da Polícia Federal que resultou no indiciamento do ex-presidente e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Termos como ‘peça política’ e ‘irrealidade da narrativa’ foram empregados para desqualificar o documento elaborado pelos investigadores, que, segundo a defesa, se baseia em um ‘disse-me-disse’. Os advogados expressam espanto com o relatório, afirmando que ele visa desmoralizar um ex-presidente da República e expor sua vida privada, além de acusá-lo de crimes graves sem fundamento.
A defesa também critica a abordagem da Polícia Federal, alegando que o relatório é um método intencional de ataque ao ex-presidente. Em tom irônico, os advogados questionam a capacidade dos investigadores em compreender o crime de lavagem de dinheiro, insinuando que as acusações são infundadas e visam apenas criar manchetes sensacionalistas. A afirmação de que o objetivo do inquérito é proteger o Estado Democrático é contrabalançada pela alegação de que leis estão sendo ignoradas.
As declarações da defesa podem ter repercussões significativas no cenário político brasileiro, especialmente com o julgamento se aproximando. A retórica utilizada pode intensificar a polarização entre os apoiadores e opositores de Bolsonaro, além de gerar debates sobre a atuação da Polícia Federal e a independência do Judiciário. O caso continua a atrair atenção tanto no Brasil quanto no exterior, refletindo a complexidade da atual dinâmica política do país.