A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma contestação ao pedido da Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a presença de agentes em sua residência, onde ele cumpre prisão domiciliar. O advogado Paulo Cunha Bueno afirmou que essa solicitação contradiz uma decisão anterior do ministro Alexandre de Moraes, que havia autorizado apenas o policiamento externo da casa. Segundo Cunha Bueno, a medida é desnecessária e gera um constrangimento, considerando que no local residem Bolsonaro, sua esposa, filha e enteada.
A Polícia Federal justificou o pedido alegando a necessidade de garantir o cumprimento da prisão preventiva e evitar possíveis fugas, citando que falhas temporárias no sinal poderiam facilitar tentativas de evasão sem detecção imediata. O pedido inclui a presença permanente de agentes dentro da casa do ex-presidente, o que contrasta com o atual esquema de vigilância externa. O ministro Alexandre de Moraes ainda não se manifestou sobre quando analisará a solicitação.
Familiares e aliados políticos de Bolsonaro também se opuseram à medida. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou a mobilização do aparato estatal contra um rival político, enquanto o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou a solicitação de humilhação desnecessária. O vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC) expressou indignação nas redes sociais, comparando a vigilância a uma perseguição política e ressaltando que um homem de 70 anos com problemas de saúde não deveria ser tratado como um criminoso perigoso.