A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que determina que o bloqueio de ativos ou contas de brasileiros só pode ocorrer com autorização da Corte, gerou preocupação no mercado financeiro. Executivos de instituições financeiras alertam que a medida pode ter pouco efeito imediato sobre as sanções da Lei Magnitsky aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes, mas poderá criar um impasse significativo para os bancos no médio e longo prazos.
Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos, destaca que os bancos enfrentam uma encruzilhada, pois devem decidir entre cumprir uma ordem do STF ou arriscar sanções que impactariam suas operações internacionais. A Ativa Investimentos criticou a decisão de Dino, considerando-a inoportuna e prejudicial à relação entre o Brasil e os Estados Unidos, enquanto Felipe Sant’Anna, da Axia Investing, observa que a falta de informações sobre a aplicação da Lei Magnitsky aumenta a incerteza no setor financeiro.
As consequências dessa instabilidade já se refletem nas bolsas, com quedas significativas nas ações dos principais bancos brasileiros. Especialistas alertam que a indefinição atual pode levar a um impacto negativo duradouro na participação dos bancos no mercado internacional, potencialmente desencadeando uma crise bancária no Brasil. O cenário permanece nebuloso, com investidores cautelosos diante das incertezas.