O Tribunal de Apelações dos Estados Unidos declarou que a maioria das tarifas impostas por Donald Trump a diversos países é ilegal, mas essa decisão não afeta a missão de entidades e empresários brasileiros que embarcam neste domingo, 31, rumo a Washington. José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), destacou que a decisão era esperada e não interfere na audiência agendada no Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR).
Velloso explicou que a origem da ação se dá por um processo movido por pequenas empresas e estados norte-americanos após o aumento das tarifas contra importações do México, Canadá e China. Ele ressaltou que Trump pode recorrer à Suprema Corte, o que pode prolongar a situação por até um ano e meio. A missão brasileira visa contestar tarifas que chegam a 50% em alguns setores, com advogados contratados para questionar a aplicação da Seção 301, que permite investigações sobre práticas comerciais.
A Seção 301 exige que o governo dos EUA prove práticas comerciais injustas para aplicar tarifas superiores a 15%. Com a possibilidade de um prolongamento do julgamento na Suprema Corte, Velloso acredita que as tarifas permanecerão inalteradas até que uma decisão final seja alcançada. Assim, a delegação brasileira se prepara para defender seus interesses em um cenário de incerteza.