Nos últimos dias, o Brasil tem testemunhado um aumento no debate sobre intolerância religiosa, especialmente em relação às religiões de matriz africana, como Candomblé e Umbanda. O termo "macumba", frequentemente utilizado de forma pejorativa, voltou a ser destaque após três episódios que repercutiram na mídia e nas redes sociais. Esses eventos evidenciam a necessidade de um maior respeito à diversidade religiosa no país.
O primeiro incidente ocorreu durante o programa No Alvo, do SBT, onde a apresentadora Marcia Goldschmidt ironizou uma afirmação do jornalista Leão Lobo sobre ela ter feito "macumba". Goldschmidt afirmou que a fofoca a persegue há mais de 20 anos e reafirmou que não se envolve em práticas desse tipo. Outro caso envolveu a cantora Mara Maravilha, que também negou ter realizado rituais espirituais contra colegas, desmentindo rumores antigos.
Um episódio mais grave aconteceu em Areial, Paraíba, onde o padre Danilo César de Sousa Bezerra foi denunciado por intolerância religiosa após zombar da fé de Preta Gil, questionando em tom debochado sobre a eficácia de seus orixás. A Diocese local se manifestou, reafirmando seu compromisso com a liberdade religiosa e repudiando qualquer forma de discriminação.
Por fim, a cantora Alcione fez uma declaração humorística durante o programa É de Casa, da Globo, mencionando que faria uma "macumbinha" para o ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Sua fala gerou reações mistas nas redes sociais, ressaltando a complexidade do tema. Esses episódios refletem a estigmatização do termo "macumba" e a necessidade urgente de combater o racismo religioso no Brasil.