O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta quarta-feira que é alvo de intolerância religiosa devido a seus posicionamentos. Durante o lançamento do livro do ex-ministro Edison Lobão, no Congresso, Alcolumbre pediu uma pausa na polarização política e sugeriu que as eleições sejam deixadas para o próximo ano. Ele é o primeiro presidente judeu do Senado e mencionou que frequentemente é atacado por sua fé, ressaltando a necessidade de um clima mais pacífico no ambiente político.
Alcolumbre destacou que sua equipe monitora atos de intolerância nas redes sociais e expressou preocupação com o clima de hostilidade que permeia o debate político atual. Ele fez um apelo aos senadores para que deixem de lado as divergências eleitorais, especialmente em um momento em que a oposição pressiona por pautas polêmicas, como o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O presidente do Senado enfatizou que não pautará o impeachment e pediu reflexão sobre a importância de um diálogo construtivo.
As declarações de Alcolumbre geraram reações no plenário, com senadores como Cristiano Girão (Novo-CE) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestando sobre a necessidade de ação em relação ao impeachment. O clima tenso no Senado reflete a polarização política crescente no Brasil, e as palavras de Alcolumbre podem ser vistas como um chamado à unidade em um momento crítico para a democracia brasileira. A busca por um ambiente menos hostil pode ser fundamental para a estabilidade política do país.