O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta quarta-feira que é alvo de intolerância religiosa devido a suas convicções. Durante o lançamento do livro do ex-ministro Edison Lobão, Alcolumbre reiterou a necessidade de uma trégua na polarização política e pediu que as eleições sejam deixadas para o próximo ano. Ele é o primeiro presidente judeu do Senado e mencionou que frequentemente é atacado nas redes sociais por sua fé.
Alcolumbre destacou que sua equipe monitora os atos de intolerância e que, apesar de não ter visto o relatório completo sobre as menções na internet, já recebeu informações sobre agressões relacionadas à sua religião. Ele fez um apelo para que os senadores deixem de lado as divergências eleitorais e promovam um ambiente de diálogo. O pronunciamento ocorreu em um momento em que a oposição pressionava pela pauta do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
As declarações de Alcolumbre geraram reações no plenário, com senadores como Cristiano Girão (Novo-CE) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestando. Girão cobrou uma posição do presidente sobre o impeachment, enquanto Flávio Bolsonaro defendeu a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Alcolumbre reafirmou seu compromisso com a paz e a necessidade de evitar rivalidades políticas constantes, enfatizando que o Brasil deve buscar um clima de respeito e diálogo.