Os data centers desempenham um papel crucial no armazenamento e processamento de informações, mas sua operação exige um consumo elevado de energia e água. No Brasil, existem aproximadamente 180 data centers em funcionamento, sendo que nenhum é dedicado à inteligência artificial. Contudo, quatro projetos voltados para essa tecnologia já foram anunciados, com previsão de um consumo energético equivalente ao de 16,4 milhões de casas.
Esses centros são divididos em dois tipos principais: os que operam na nuvem e os dedicados à inteligência artificial. O treinamento de modelos de IA requer um volume massivo de dados e chips modernos que demandam alta energia, resultando em temperaturas elevadas. Para manter a eficiência operacional, sistemas de resfriamento líquido são frequentemente utilizados, o que levanta preocupações sobre o uso excessivo de água, especialmente considerando que fazer até 50 perguntas ao ChatGPT pode consumir meio litro.
A crescente demanda por data centers, especialmente os voltados para inteligência artificial, destaca a necessidade urgente de soluções sustentáveis. À medida que os projetos avançam no Brasil, será fundamental monitorar seu impacto ambiental e buscar alternativas que minimizem o consumo de recursos naturais. O futuro desses centros dependerá da capacidade das empresas em equilibrar inovação tecnológica com responsabilidade ambiental.