A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) impôs multas totalizando R$ 6,9 milhões a Marcelo da Cruz, sua esposa Noemi Nagasawa e seu irmão Maurício da Cruz, por práticas de front running em operações na B3. As sanções foram decididas por unanimidade e se referem a transações realizadas entre janeiro de 2016 e outubro de 2018, onde os réus teriam utilizado informações privilegiadas para obter vantagens indevidas em day trades. A BB Gestão de Recursos, gestora dos fundos envolvidos, ressaltou que a decisão diz respeito a um ex-funcionário e reafirmou seu compromisso com a governança e monitoramento rigoroso de suas operações. A CVM identificou que Marcelo da Cruz tinha acesso direto às ordens dos fundos, permitindo que seus familiares se beneficiassem de informações antecipadas sobre os negócios da gestora. A defesa dos réus não se manifestou até o fechamento desta nota, mas o caso levanta questões sobre a ética e a transparência no mercado financeiro brasileiro.