Belém enfrenta uma crise de hospedagem em decorrência da COP30, que resultou no despejo de inquilinos. Com a alta nos preços de hospedagem, muitos proprietários decidiram encerrar contratos de aluguel, aproveitando a situação para obter lucros. Essa mudança repentina deixou muitos moradores em dificuldades para encontrar novas residências, uma vez que a oferta de imóveis é limitada.
Ana Carolina, professora residente em Belém desde 2020, foi surpreendida com a notificação de despejo enquanto estava fora do país. Ela relatou que a busca por um novo apartamento se tornou um desafio, com valores exorbitantes sendo cobrados. Juliana Braga, publicitária, também passou pela mesma situação, recebendo um aviso inesperado de que seu contrato não seria renovado. As autoridades municipais e estaduais afirmam que não podem intervir, uma vez que os contratos de aluguel são acordos privados.
Além dos problemas enfrentados pelos inquilinos, a crise de hospedagem impacta diretamente a realização da COP30. Críticas têm surgido em relação à falta de opções de acomodação acessíveis para os participantes do evento. Embora o governo federal reconheça a gravidade da situação, ainda resiste a mudar a sede da conferência, marcada para Belém. Discussões internas estão em andamento sobre a possibilidade de transferir parte da programação para outras cidades, como Rio de Janeiro ou Brasília, visando contornar as dificuldades logísticas e garantir a participação dos delegados.