A crise de hospedagem em Belém, que sediará a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP30) em novembro, se intensificou, levando países a pressionarem pela mudança do local do evento. A dificuldade em encontrar acomodações a preços acessíveis tem gerado preocupação, especialmente entre nações em desenvolvimento. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP em Belém, reconheceu o problema e afirmou que o governo está em busca de soluções para convencer o setor hoteleiro a reduzir os preços exorbitantes.
Corrêa do Lago destacou que, enquanto em outras cidades onde as COPs ocorreram os preços de hospedagem aumentaram, em Belém os valores estão acima de 10 vezes o normal, o que tem gerado insatisfação entre os países participantes. Richard Muyungi, presidente do Grupo Africano de Negociadores, expressou a revolta de nações menos desenvolvidas, afirmando que muitos não poderão comparecer devido aos preços abusivos.
Um encontro de emergência foi realizado para discutir alternativas, e uma nova reunião está agendada para 11 de agosto. O governo brasileiro, que optou por Belém devido ao simbolismo da Amazônia, enfrenta críticas sobre a infraestrutura para receber as delegações, com lideranças de países como China e Alemanha já manifestando preocupações. Entre as soluções propostas estão aluguéis por temporada, adaptações de motéis e até vagas em navios, priorizando as delegações de países em desenvolvimento.