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Crianças órfãs de feminicídio enfrentam traumas e lutam por direitos

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Crianças órfãs devido ao feminicídio enfrentam traumas profundos e a luta por direitos. Especialistas alertam para os impactos psicológicos severos que essas crianças sofrem, destacando a importância do apoio psicológico e familiar. A avó de uma menina de nove anos, que perdeu a mãe, relata como o acompanhamento psicológico foi crucial para ajudar a criança a lidar com a perda e a violência que presenciou.

Estima-se que cerca de 3 mil crianças fiquem órfãs anualmente no Brasil devido ao feminicídio, segundo dados não oficiais. A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), autora da Lei nº 14.717/2023, que cria uma pensão especial para filhos de mulheres vítimas de feminicídio, destaca que a regulamentação dessa lei é fundamental para garantir dignidade e condições adequadas para o desenvolvimento dessas crianças. No entanto, quase dois anos após sua sanção, a lei ainda não foi amplamente regulamentada.

Rosário enfatiza que muitas dessas crianças permanecem em situação de vulnerabilidade econômica e social, o que pode levar ao abandono e à criminalidade. Ela defende que a sociedade deve se envolver na proteção e no cuidado dessas crianças, além de pressionar por políticas públicas eficazes. A parlamentar conclui que enfrentar o feminicídio exige mudanças culturais profundas, pois a maioria dos casos é cometida por atuais ou ex-companheiros das vítimas.

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