Crianças influencers têm se tornado protagonistas de um debate controverso ao criticar abertamente a educação formal, afirmando que ela não é essencial para o sucesso profissional. Em vídeos e podcasts, esses jovens, muitas vezes impulsionados por adultos, expressam desdém por escolas e professores, sugerindo que o conhecimento acadêmico é irrelevante para suas aspirações. Essa adultização precoce levanta questões sobre a responsabilidade dos adultos que os cercam e a mensagem que estão transmitindo.
O fenômeno da adultização se manifesta na figura de coaches mirins que, em suas falas, desvalorizam disciplinas fundamentais como medicina e filosofia. A crítica à educação é acompanhada por uma retórica que culpa os indivíduos por suas dificuldades financeiras, ignorando o contexto social em que muitos vivem. Essa visão simplista e reducionista pode ter consequências graves, pois perpetua a desigualdade e desestimula o respeito pela formação acadêmica.
As implicações desse comportamento são alarmantes, pois as crianças que consomem esse conteúdo nas redes sociais podem internalizar uma visão distorcida sobre o valor da educação. A falta de maturidade para compreender a gravidade de suas palavras, aliada ao impacto que exercem sobre seus seguidores, torna essa situação ainda mais preocupante. É fundamental que os adultos responsáveis por essas crianças reflitam sobre o legado que estão deixando e a importância de valorizar a educação como ferramenta de transformação social.