William Browder, criador da Lei Magnitsky, expressou sua preocupação com o uso da legislação contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, Alexandre de Moraes. Em entrevistas a veículos de comunicação nos Estados Unidos e no Reino Unido, Browder afirmou que a aplicação da lei neste caso representa um abuso político e uma distorção do propósito original da norma, que visa punir torturadores e violadores de direitos humanos. A Lei Magnitsky foi proposta em homenagem ao advogado russo Sergei Magnitsky, que morreu sob tortura em 2009 após denunciar corrupção na Rússia.
Browder destacou que Moraes não se enquadra nas categorias de violadores de direitos humanos ou cleptocratas, enfatizando que a lei não foi criada para ser utilizada contra juízes de cortes constitucionais em democracias funcionais, como o Brasil. Sua declaração gerou repercussão significativa nos Estados Unidos, envolvendo tanto republicanos quanto democratas, e pode influenciar o cenário político brasileiro, favorecendo o governo Lula e o ministro Moraes.
A iniciativa de sanções contra Moraes foi articulada por deputados republicanos que criticam o STF pelo endurecimento contra conservadores, especialmente após os eventos de 8 de janeiro de 2023. Até o momento, o Departamento de Estado dos Estados Unidos não se pronunciou sobre as declarações de Browder, enquanto a situação continua a ser monitorada, com possíveis desdobramentos tanto nos EUA quanto no Brasil.