A criação de empregos formais no Brasil registrou uma queda significativa em junho de 2024, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. No último mês, foram abertos 166.621 postos de trabalho com carteira assinada, o que representa uma redução de 19,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram criados 206.310 empregos. Este é o menor volume de contratações para o mês de junho desde 2023.
Nos primeiros seis meses de 2024, o saldo total de empregos formais foi de 1.222.591 vagas, 6,8% inferior ao registrado no mesmo período de 2023. A metodologia do Caged, que considera ajustes em declarações entregues fora do prazo, impede comparações diretas com dados anteriores a 2020. Em 2023, o total de postos criados no primeiro semestre foi de 1.311.751.
Em termos setoriais, todos os cinco segmentos analisados apresentaram crescimento, com destaque para os serviços, que geraram 77.057 novas vagas. O comércio e a agropecuária também contribuíram positivamente, com 32.938 e 25.833 postos, respectivamente. O Sudeste liderou a criação de empregos, adicionando 76.332 vagas, enquanto o Espírito Santo foi o único estado a registrar perda de postos, com a extinção de 3.348 empregos, principalmente no setor de café.