O Japão experimenta um crescimento notável na produção de vinho, com 493 vinícolas registradas em 2024, um aumento significativo em relação às 238 de 2008, conforme dados do governo local. Este crescimento, que mais que dobrou em 16 anos, reflete a expansão da viticultura em 46 das 47 províncias do país, indicando um potencial crescente para a produção de vinhos de qualidade.
A importadora americana Direct Import Vines (D-I Wine), com sede em Nova York, começou a trazer vinhos japoneses para o mercado em 2021 e atualmente possui um portfólio de oito vinícolas. Entre elas, destaca-se a Coco Farm & Winery, que se compromete a produzir vinhos com uvas cultivadas no Japão, sem o uso de fertilizantes químicos. A vinícola é reconhecida por sua abordagem artesanal e já teve seus produtos servidos em eventos de alto nível, como cúpulas do G7.
Shoko Ochi, diretora de comunicação da Coco Farm, observa um crescente interesse internacional pelos vinhos japoneses, que se destacam pela delicadeza e harmonia com a culinária local. A vinícola, que cultiva uma variedade de uvas, incluindo a nativa Muscat Bailey A, tem se beneficiado de regulamentações que facilitaram a abertura de novas vinícolas, contribuindo para o aumento da produção.
Desde 2002, a criação de distritos especiais para a produção de vinho no Japão permitiu a redução do volume mínimo de produção, incentivando novos empreendimentos no setor. Essa mudança regulatória, aliada ao cuidado meticuloso dos produtores, tem colocado o vinho japonês em destaque no cenário global.