Um em cada três adolescentes brasileiros entre 10 e 19 anos apresenta excesso de peso, segundo um levantamento nacional baseado em dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Especialistas alertam que essa condição pode aumentar o risco de doenças graves, como diabetes e problemas cardíacos, refletindo um cenário alarmante para a saúde pública. O estudo revela que o sobrepeso entre crianças e adolescentes subiu quase 9% na última década, evidenciando mudanças nos hábitos alimentares e o sedentarismo crescente entre os jovens.
A pesquisa, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a organização ImpulsoGov, mostra que cerca de 2,6 milhões de crianças e adolescentes estão afetados por algum tipo de sobrepeso. As regiões Sul e Norte do Brasil apresentam as maiores discrepâncias, com 37% e 27%, respectivamente, dentro da faixa etária analisada. O aumento no consumo de alimentos ultraprocessados e a vida sedentária são apontados como fatores principais para essa epidemia, com especialistas enfatizando a necessidade urgente de intervenções para reverter essa tendência.
As implicações desse quadro são preocupantes, pois o excesso de peso na infância pode resultar em doenças crônicas na vida adulta, sobrecarregando o sistema de saúde e comprometendo a qualidade de vida da população. A mudança nas diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM), que agora permite a cirurgia bariátrica para adolescentes a partir dos 14 anos, reflete uma demanda crescente por soluções para esse problema. A situação exige atenção imediata das autoridades e da sociedade para promover hábitos saudáveis e prevenir futuros riscos à saúde.