Cerca de 27 milhões de brasileiros com 14 anos ou mais fumam cigarro convencional ou vapes, os cigarros eletrônicos. O uso de cigarros entre os jovens estava diminuindo nas últimas décadas, mas com a chegada dos vapes, esse número voltou a subir. Uma pesquisa da Universidade de Michigan revelou que adolescentes que usam vape têm 30 vezes mais risco de se tornarem fumantes habituais de cigarros convencionais.
Além dos riscos de dependência, os vapes apresentam uma concentração de nicotina até três vezes maior do que o cigarro comum. Os efeitos físicos adversos são apenas parte do problema; o consumo desses dispositivos está diretamente ligado ao aumento da ansiedade e da depressão entre os jovens. No episódio de hoje do programa Bem-Estar, o Dr. Carlos Leonardo Pessôa, membro da comissão científica de tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, discute a dependência do vape e as opções de tratamento disponíveis para aqueles que desejam se livrar desse vício.
A crescente popularidade dos vapes entre os jovens levanta preocupações sobre a saúde pública e a necessidade urgente de intervenções eficazes. Com a reversão da tendência de queda no tabagismo juvenil, é fundamental que pais, educadores e profissionais de saúde se unam para abordar essa questão. O diálogo sobre os riscos associados ao uso de vapes e as estratégias para ajudar os dependentes é mais relevante do que nunca.