Camisas falsificadas de clubes de futebol têm ganhado espaço entre os jovens europeus, que frequentemente não conseguem arcar com os altos preços dos modelos oficiais. No Brasil, uma camisa oficial pode custar R$ 350, enquanto na França o valor médio é de € 110. Essa realidade leva muitos torcedores a optarem por versões piratas, que são vendidas a preços significativamente mais baixos, como € 30.
A pesquisa do Ifop revela que 15% dos entrevistados já adquiriram artigos esportivos falsificados, com esse número subindo para 20% entre os jovens de 15 a 18 anos. A alfândega francesa confirmou que mais de 40% dos produtos apreendidos em 2023 eram artigos esportivos, superando itens como perfumes e artigos de couro. Delphine Sarfati-Sobreira, presidente do sindicato Unifab, alerta que a compra dessas camisas não apenas prejudica as finanças dos clubes, mas também financia o crime organizado e pode expor os consumidores a riscos à saúde.
As apreensões de camisas falsificadas têm aumentado, com mais de 24.000 unidades interceptadas na França em julho. Embora muitos jovens considerem a compra de produtos piratas uma solução econômica, eles ignoram os riscos legais e de saúde envolvidos. Sarfati-Sobreira enfatiza que a falsificação está ligada a redes criminosas que utilizam esses lucros para financiar atividades ilícitas, alertando que a compra de camisas piratas tem implicações muito mais sérias do que aparenta.