Um relatório da consultoria Mercer, divulgado em 2024, revela que mais de 80% dos profissionais em todo o mundo estão em risco de burnout, com o Brasil apresentando 30% de sua força de trabalho afetada pela síndrome, segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho. Este cenário alarmante tem levado muitos a reconsiderar suas trajetórias profissionais, optando por períodos sabáticos como uma estratégia de autoconhecimento e recuperação.
As pausas intencionais, antes vistas como um privilégio exclusivo de executivos, estão se tornando cada vez mais comuns entre jovens profissionais e empreendedores. Empresas como Adobe e Patagonia já implementaram programas formais de sabático, observando aumento na inovação e retenção de talentos. A CEO da ETR, Vignetta Charles, foi uma das pioneiras a tirar um sabático de 12 semanas, o que a levou a uma transformação pessoal significativa e à proposta de oferecer o benefício a toda a equipe.
Apesar do crescente interesse, um estudo da MetLife em 2023 aponta que apenas 5% das empresas nos Estados Unidos oferecem sabáticos remunerados. A ex-executiva da Starbucks, Christine McHugh, também compartilhou sua experiência, destacando como um sabático pode ser um divisor de águas na carreira, permitindo que profissionais alinhem suas habilidades e valores a novas oportunidades. A desconexão, portanto, deixou de ser um luxo e se tornou uma necessidade para a saúde mental e a sustentabilidade profissional.