A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS começa seus trabalhos nesta semana para investigar fraudes bilionárias que prejudicaram aposentados e pensionistas. A expectativa é que, na reunião de terça-feira (26), os parlamentares deliberem sobre as normas de funcionamento da comissão e apresentem o plano de trabalho. As investigações focam em descontos indevidos em benefícios previdenciários e empréstimos consignados fraudulentos, que ocorreram entre 2019 e 2024, resultando em um prejuízo total estimado em mais de R$ 6 bilhões.
A CPMI foi criada em junho e tem como principais focos os descontos irregulares feitos por sindicatos e associações nos contracheques dos beneficiários, além das fraudes em empréstimos consignados realizados sem autorização. Até agora, mais de 5,4 milhões de beneficiários contestaram os valores descontados, com 97,8% afirmando não reconhecer as cobranças. A comissão, composta por 32 parlamentares, tem a duração prevista de até seis meses e pode convocar autoridades e requisitar documentos para aprofundar as investigações.
As implicações dessa investigação são significativas, pois visam responsabilizar não apenas as entidades sindicais e associações envolvidas, mas também gestores públicos do INSS e do Ministério da Previdência Social. A CPMI busca esclarecer como essas fraudes ocorreram e garantir que os beneficiários possam recuperar os valores descontados indevidamente. A pressão sobre as instituições envolvidas aumenta à medida que mais informações sobre o esquema fraudulento vêm à tona.